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Projetor psíquico: Análise psicológica ao filme divertidamente 2 (Inside out 2)

Atualizado: 13 de out.



Quanto menor a autoestima e a gestão emocional do próprio, mais o jovem tende a abandonar a sua identidade para se diluir no grupo, pois o medo de rejeição acaba por ser maior do que a importância de definir a sua identidade.

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João Ereiras Vedor 10/10/2024


De dentro para fora - Fonte: Pixar

A tarefa mais difícil de escrever uma análise a um filme tão rico como o divertidamente é ser sucinto. Para quem conhece de antemão o meu estilo, desejo boa sorte, para quem não conhece, utilizo as famosas palavras de Pedro Chagas Freitas e ‘prometo falhar’. Ao contrário de mim, quem prometeu e não falhou na entrega foi mais uma vez a Pixar com a sequela de divertidamente 2. E perguntam os caros leitores (e bem) porque somente entrego agora a minha análise. Porque só vi o filme este fim de semana e assim sei que posso poupar algumas linhas na sinopse do mesmo. O meu objetivo com esta resenha é apresentar uma análise ao filme com um viés junguiano. Para quem é leigo nestas andanças da psicologia, com junguiano apenas me refiro a uma miopia no seio da análise psicológica. Espero que goste de ver o mundo desta mesma forma.

 

Introdução ao filme

De qualquer forma, convém introduzir que o filme continua a retratar o funcionamento da mente de Riley (personagem principal), mente essa agora mais complexa, pois atinge os 13 anos e adquire o bilhete de passagem para a puberdade. A trama desenrola-se durante um fim de semana da sua vida, algo que parece insuficiente para a complexa jornada de desenvolvimento pessoal que vamos assistir ao longo da trama. Contudo, apesar desta escolha ser particularmente mais logística do que artística, pois seria difícil retratar a adolescência numa película de 97 minutos (duração do filme), o filme mantém-se fiel à complexidade e aos desafios caraterísticos dessa fase desenvolvimental.

 

A Complexidade Emocional em Divertidamente 2

Divertidamente 2 continua com um retrato quase fiel às emoções básicas que Paul Ekman postulava. Pode parecer um detalhe, mas, enquanto psicólogo, considero particularmente importante esta psicoeducação. Temos novamente a presença da alegria, tristeza, medo, raiva e repulsa (nojo). Todavia, continua omissa a surpresa, algo que considero enigmático, e procurei elaborar duas teorias sobre essa omissão ou repressão que ocorreu voluntária ou involuntariamente no argumento do próprio filme. A primeira parte dessa teoria recai sobre o facto de a surpresa ter sido cedida ao espectador, na medida em que se presume que o espectador possa socorrer-se dessa emoção para elaborar a sua subjetividade sobre a película. A surpresa acaba por ter um papel importante na vida humana, porque é a partir dessa emoção que se gera a filosofia. Diz-se que a semelhança entre o filósofo e a criança é o deslumbramento, pois a filosofia não existe sem a surpresa, uma vez que ela gera encantamento, espanto e mistério — mistério esse que o Homem ousa decifrar. Essa deve ser a atitude do espectador e, por isso, é que vos reúno nesta secante análise. A segunda parte da teoria só poderei apresentar quando falar das restantes emoções.

 

Não obstante, no despertar de um novo sentido de identidade de Riley, surge uma reestruturação da Torre de Comando, onde entram as novas "emoções" em cena. Coloco emoções entre aspas porque António Damásio e LeDoux não ficariam satisfeitos com esta categorização, já que este campo mais complexo da teoria dos afetos deve ser tratado com mais cuidado. Aproveito para fazer um parêntesis: quem leu até aqui não se incomoda com os spoilers, e, portanto, essas ditas novas emoções incluem a Ansiedade, Vergonha, Inveja e Tédio. Nessa medida, avanço para uma pequena psicoeducação. Como havia dito, as emoções primárias (básicas) constituem a alegria, tristeza, medo, raiva, repulsa e surpresa (no filme omissa). Enquanto emoções como o tédio, a vergonha, a inveja e a ansiedade são consideradas emoções secundárias. Isso ocorre porque estas emoções são mais complexas e já envolvem um processamento cognitivo. Ao contrário das emoções primárias (básicas), que ocorrem espontaneamente e parecem universais (todas as culturas as possuem de forma semelhante), as emoções secundárias tendem, inclusivamente, a ser moduladas pelo contexto. Ao nível do desenvolvimento cognitivo, faz sentido a sua aparição somente agora, que surgem os desafios sociais.

 

Os desafios psicossociais de Riley

O filme Divertidamente 2 retrata não só esse aumento da complexidade cognitiva, mas também a chegada dos desafios sociais que afetam a forma como a própria Riley se expressa e como a sua identidade é tomada de assalto. Curiosamente, apesar de achar que o nome adaptado ao português Divertida(mente) funcione bem, creio que uma mudança no título em inglês pudesse pressagiar melhor a trama. Em inglês, Inside Out significa algo como "de dentro para fora" e realmente descreve o despertar da vida — um Ego que emerge para o mundo e tem de se adaptar a ele. Não quer dizer que essa ainda não seja a realidade de Riley. Todavia, faria sentido que este segundo filme se chamasse Outside In, ou seja, "De fora para dentro", visto que existe um Ego que é profundamente desafiado nas suas crenças nucleares por figuras exteriores de peso, através de pressões sociais e expectativas.

 

De modo a não queimar etapas e a seguirmos o mais cronologicamente possível a película, é importante perceber que, na base de todo o drama que Riley enfrenta ao longo da trama, estão dois fatores: a entrada na puberdade e os desafios psicossociais. Quanto à puberdade, esta implica fatores biológicos, hormonais, fisiológicos e morfológicos, que vão alterar a própria subjetividade e a forma como Riley encara as particularidades da vida. É interessante reparar que, na cena do filme, a Central de Comandos é alterada praticamente de súbito. Quando as emoções vão tentar manusear o comando, reparam que os botões ativam comportamentos muito sensíveis em Riley. Parece até quando alguém coloca um novo rato no computador e repara que a sensibilidade do cursor é maior.

 

À sensibilidade do toque - Fonte: Pixar

Este processo antecede ligeiramente o surgimento de um conflito que é o gatilho para todo o drama e que está ligado aos desafios psicossociais. Esse momento surge quando Riley, através desta sensibilidade, ganha um novo superpoder: uma leitura mais detalhada das pistas sociais (aquilo a que chamamos em psicologia de teoria da mente), que é a tentativa de ler a mente dos outros. Embora desse processo surja a empatia, ela não pode ser confundida com a teoria da mente, pois a teoria da mente é literalmente a tentativa de ler o outro, qual Sherlock, qual quê? E é através disso que ela deteta que algo está diferente com as suas melhores amigas. Surge então a revelação de que as suas melhores amigas vão mudar de escola. É neste ponto que se ativa o gatilho que potencializa o medo de alienação e solidão social, precipitado pela mudança de escola das amigas.

É nesta altura que entra em cena o ajustamento psicossocial de Riley, através do uso da Persona (muito propício a esta idade). Em vez de apresentar a sua vulnerabilidade e tristeza às amigas, Riley adota uma persona (máscara) inicial de desdém, até que acaba por desvalorizar o facto e é seduzida pelas amigas a desfrutarem daquele (último?) fim de semana.

 

A Persona é a máscara social que utilizamos para nos adaptarmos a determinado contexto social. Segundo Carl Jung, podemos ter imensas Personas, pois cada uma se adapta a um contexto social específico. Somos determinadas pessoas junto dos nossos amigos, outras com os nossos pais e ainda outras com os nossos companheiros. Embora haja sempre uma máscara que se sobressaia, por vezes até confundimos essa Persona com a nossa própria identidade. Contudo, como dizia Jung, quanto mais Persona, maior é a Sombra psicológica. E o facto de a identidade de Riley ser tão vulnerável talvez seja melhor explicado pelo facto de ela tentar adaptar-se aos contextos dissimulando quem realmente é, em vez de descobrir quem é nesse contexto.

 

O autor do desenvolvimento psicossocial Erik Erikson caracterizava este período da faixa etária de Riley (puberdade) como um momento conturbado na identidade de qualquer jovem. Segundo Erikson, é neste estágio psicossocial que surge o conflito de identidade versus alienação grupal. O jovem lida com o facto de saber que possui um certo sistema de crenças, gostos e desejos, mas, por vezes, silencia-os para se conformar ao grupo. Quanto menor a autoestima e a gestão emocional do próprio, mais o jovem tende a abandonar a sua identidade para se diluir no grupo, pois o medo de rejeição acaba por ser maior do que a importância de definir a sua identidade. É por isso que John M. Broughton, num estudo sobre a definição do Eu em vários jovens, verificou que os adolescentes respondiam como se possuíssem uma identidade dividida entre aquilo que sabem que são e o que mostram aos outros. Isto ocorre porque o mecanismo de validação de um jovem advém daquilo que os psicólogos chamam de locus de controlo externo. Ou seja, a segurança, a estima e o conforto, entre outros, são incentivos entendidos como maiores externamente do que internamente.

 

Segunda parte da teoria das Emoções

Por isso é que gostaria de voltar à minha teoria sobre a exclusão da surpresa, recordam-se? Faltava a segunda parte da teoria. No filme as emoções parecem andar como as cerejas, ou seja, aos pares. Existe curiosamente um deslumbramento entre emoções. Por exemplo o medo sente-se atraído pela ansiedade, a tristeza com a vergonha e etc. Isso dá-se porque no fundo na teoria dos afetos estas emoções estão de algum modo interligadas. Aqui é onde se torna interessante: o par da surpresa está presente de forma marginal no filme. Esse par é o Tédio, e digo que é marginal não porque esteja ausente das nossas vidas, mas porque o Tédio opera de forma subtil, controlando-nos à distância, tal como no filme, onde controla a Torre através da app do smartphone, sem interferir demasiado ou mostrar grande preocupação. Acredito que isto reflete como o Tédio é retratado como uma emoção periférica no filme, assim como na sociedade atual. É o Tédio, e não a Surpresa, que frequentemente nos leva ao vício nas redes sociais e na tecnologia. A sociedade contemporânea pode pensar que está envolvida com o mundo e os seus problemas de forma apaixonada e efusiva, mas as nossas reações são mais moldadas pelo Tédio do que pela Surpresa ou até mesmo pelo Amor. Outra forma de interpretar isto é que Ennui (o nome dado ao Tédio) desempenha um papel algo ausente no drama do filme. Isso pode ser uma dica para o espectador, já que os momentos de tédio são raros no filme. É mais fácil retratar o Tédio em segundo plano do que o constante deslumbramento trazido pela Surpresa. Contudo, a segunda parte da minha teoria refere-se ao facto de ser comum a criança passar o tempo todo a deslumbrar-se e a surpreender-se com a vida, ao contrário, parece que o jovem adolescente reserva uma atitude mais de desdém e de sabe tudo com a própria vida no geral. Nessa medida o tédio é a evolução da incapacidade de surpresa caraterística da atitude ‘sabe tudo’ do adolescente.

 

Relação Entre Ansiedade e Felicidade

Na sociedade atual, a ansiedade é frequentemente retratada como o oposto direto da felicidade, algo a ser erradicado para alcançar o bem-estar. Nas redes sociais, vejo com preocupação a proliferação de conteúdos criados por colegas que adotam esta visão simplista, utilizando a ansiedade como isco para atrair pessoas que estão a lutar para dar sentido às suas experiências emocionais. Estes conteúdos, ao focarem-se exclusivamente nos sintomas, tratam os indivíduos como "coitadinhos", ignorando a complexidade da ansiedade e o seu potencial salutogénico. Em vez de promover uma compreensão mais profunda e analítica, limitam-se a oferecer soluções superficiais, perpetuando a ideia de que a ansiedade é algo a ser evitado a todo o custo, quando, na verdade, ela pode ser um mecanismo de crescimento e adaptação. Porém, antes de abordar esse ponto, tenho de reconhecer a dificuldade que se apresenta ao decifrar a ansiedade.

Talvez por isso seja interessante analisar a primeira interação entre a Ansiedade e a Felicidade.

 

No filme, quando a personagem da Ansiedade conhece a personagem da Felicidade, apresenta-se como uma grande fã sua. No entanto, curiosamente, acaba por ser a própria Ansiedade a criar uma forma de afastar temporariamente a Felicidade, enquanto ganha o controlo da Torre de Comandos mental de Riley. É interessante verificar que esta "traição" ocorre aparentemente de forma involuntária duas vezes no filme. A primeira acontece entre a Ansiedade e a Felicidade. Mais tarde, a própria Riley age da mesma forma com o seu ídolo, representando que nós somos uma manifestação das nossas dinâmicas psíquicas internas. O segundo momento ocorre então entre Riley e Valentina Ortiz. Ortiz é a jogadora mais talentosa de hóquei do secundário e da equipa escolar, os 'Hockey Firehawks'. Com o aumento da Ansiedade no controlo da mente de Riley, ela teme não ser selecionada e acaba por trair o seu próprio ídolo (Valentina Ortiz), ao retirar-lhe o disco e tentar superar a marca de golos que Ortiz teria alcançado no seu ano de caloira. Esta parte do filme é particularmente interessante porque demonstra que a reverência, o respeito e a estima comportam sempre um pequeno lado Sombra (ou não iluminado) da psique. Ou seja, do outro lado da barricada, ficam o ciúme, a inveja e o desejo de superação, tal como o discípulo que almeja superar o mestre e o mestre que não deseja perder a autoridade — tal e qual Jung e Freud. E é precisamente neste momento do filme que o braço direito da Ansiedade passa a ser a Inveja, que temporariamente a substitui, já que a Ansiedade deposita confiança no seu trabalho.

Porém, é neste momento que se pode lançar algumas luzes sobre a interpretação da ansiedade na nossa vida. A ansiedade surge nas nossas lacunas ou como uma energia que se gera para ser canalizada para algo. Por vezes, encontrar o seu propósito é difícil.


A Ansiedade afasta a Felicidade, revelando a Sombra da Riley - Fonte: Pixar

Algures no final do filme, a Ansiedade explica que só queria ajudar Riley a ser feliz. Parece paradoxal, mas não é! Na leitura de Carl Jung, é exatamente isso que acontece ao longo do processo de individuação. A individuação é, para Jung, o processo de crescimento pessoal em que uma pessoa se torna mais consciente de si mesma, integrando todos os aspetos da sua personalidade — tanto os conscientes como os inconscientes — para se tornar quem realmente é. Para isso, é preciso confrontar a nossa Sombra psíquica e, nomeadamente, os lugares mais desconfortáveis da nossa mente. Desse modo, Jung ensinava que não devemos ser céticos em relação à ansiedade, visto que normalmente ela tem algo para nos ensinar. Segundo o próprio, a ansiedade é um sintoma claro de alguém que estagnou no seu processo de individuação. Isso é bem explícito no filme. Enquanto Riley lidava com uma série de desafios na sua vida — a mudança de escola, a perda das suas melhores amigas e a convocação para o centro de estágio —, veio ao de cima a sua impreparação para lidar com esses mesmos desafios. No meio deste turbilhão e na profunda indagação pela sua identidade, procurando alguma validação, há um momento no filme em que a jovem se sente tentada a consultar os apontamentos da treinadora e descobre a seguinte frase sobre si: "ainda não está preparada." No fundo, esta frase revela o que de facto está a ocorrer com a mente de Riley durante aquele período de ajustamento e da sua jornada de individuação. Ela ainda não está preparada porque, inclusivamente, continua a evitar confrontar as suas lacunas na tentativa de construir uma Persona perfeita sobre si mesma. É por isso que uma frase famosa de Carl Jung diz:

"A sua visão tornar-se-á clara somente quando olhar para o seu próprio coração. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta."

 

Curiosamente, é a partir do ataque de pânico que a própria Riley começa a olhar para dentro. Enquanto toda a gente estava fixada no controlo da ansiedade e dos seus sintomas (os quais não pretendo desvalorizar), eu identificava o início do processo de integração de Riley (algo que pretendo enaltecer). Aliás, esse momento ocorre um pouco antes, na chaleira subconsciente de Riley.

Não é aleatório o facto de a Tristeza ser a primeira a retomar a Torre de Comando e começar a trabalhar por detrás da Ansiedade, com o apoio da Vergonha. Achei esta passagem magnífica porque, no fundo, é sintomática da época em que vivemos. Hoje em dia, é comum mascararmos a tristeza através da vergonha ou do medo de dar parte de fraco. A fragilidade e vulnerabilidade na sociedade contemporânea têm de ser disfarçadas através de mil soluções criadas pela Ansiedade, que toma o comando e não abre espaço para a regressão. Os psicólogos analíticos sabem que as pessoas estão pouco habituadas a regredir a si mesmas e, por isso, optam por responder quase como autómatas aos desafios que lhes são apresentados. A regressão (voltar a si mesmo) implica, muitas vezes, tristeza, porque percebemos as lacunas na nossa própria experiência. Daí que muita gente tenha deprimido no período do COVID-19, porque não tinha forma de escapar (em linguagem da psicologia analítica: continuar em progressão) através de dissimulações e outros estímulos. Não havia fuga possível, a não ser regredirmos à nossa experiência falha, e isso fez com que as pessoas, no alto dos seus frágeis pilares, desabassem. Mas permitiu também reconstruir.

 

O mesmo aconteceu com Riley no momento do ataque de pânico. Permitiu-se desabar para que pudesse voltar a reconstruir-se com a totalidade dos seus conteúdos psíquicos a serem reorganizados. Este é outro ponto bastante óbvio para um psicólogo das águas profundas. Foi só deste modo que Riley voltou a recuperar a harmonia, após o conteúdo reprimido e descartado (que era mantido na Sombra psíquica) ter sido devidamente integrado no funcionamento psíquico. Essa rejeição deste material psíquico ocorre porque o nosso aparelho psíquico, ao longo do seu desenvolvimento, vai criando os seus mecanismos de defesa. Esses mecanismos de defesa são automáticos; muitas vezes começam por um treino consciente do Ego, mas tornam-se sempre automáticos. Vemos isso ocorrer quando a Felicidade seleciona e reprova alguns desses mesmos conteúdos. Mais uma vez, esta também pode ser uma crítica subtil à forma como, hoje em dia, a própria sociedade está organizada e formatada. No fundo, devemos selecionar sempre os pensamentos e conteúdos positivos em detrimento dos negativos. Com este truque, acabamos por nos iludir de que a vida poderá correr melhor. Mas, de facto, estamos apenas a enganar-nos e a correr o risco de não nos prepararmos para a realidade. Como diria Carl Jung:

"Até que você torne o inconsciente em consciente, aquele irá direcionar a sua vida e você irá chamá-lo de destino."

Bem... Depois desta, acho que se disser mais alguma coisa estrago. Haveria muito mais a dizer sobre este filme, e prometo que um dia farei um vídeo a rever com maior detalhe. Porém, esta análise já se faz extensa, e julgo que concluímos bem a mesma aqui.


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Autor: João Ereiras Vedor

Psicólogo Clínico e da Saúde

Especialista em Psicologia Analítica

Co-founder do Jungian Clinical Institute

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